
A Bruxa Está Solta
Molejo
“A Bruxa Está Solta”: humor, ciúme e limites no pagode
Em “A Bruxa Está Solta”, do Molejo, o eu-lírico atribui a maré ruim ao “feitiço” e à expressão “a bruxa está solta”, mas é ele quem crava o ponto final. Após a ex debochar do ciúme — “fez gracinha, deu risada” —, ele impõe limites e zera a relação: “tô falando à vera / não quero guerra / vê se me erra”. O tom mistura mágoa e bravata, com humor típico do pagode, e reforça a autoestima de quem não vai voltar atrás: “pode xingar, me humilhar, não vou dar bola”. A emoção sai da irritação para uma postura firme, irônica e prática de seguir em frente.
As imagens místicas ampliam o deboche e dão cor popular ao discurso. Ao mencionar “bater cabeça pra salvar seu orixá / fizeram um feitiço de responsa”, o narrador aciona referências das religiões afro-brasileiras — “bater cabeça” como gesto de reverência e “feitiço” como trabalho espiritual — para sugerir que o azar e forças maiores empurraram o casal para a separação. A expressão “a bruxa está solta” reforça a ideia de que “tudo dá errado” no imaginário brasileiro, enquanto “soltaram um fubá, fú” soa como brincadeira sonora que satiriza esse universo. Lançada em 1998 e composta por Pedrinho da Flor, “A Bruxa Está Solta” transforma um término por ciúme em crônica bem-humorada de desilusão, onde cultura popular e autorrespeito andam juntos.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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