El Último Café

O último café

El Último Café

Sua memória chega em um redemoinho, retorna no outono ao pôr do sol
Llega tu recuerdo en torbellino, vuelve en el otoño a atardecer
Eu olho para a garúa, e enquanto eu olho, viro a colher de café
Miro la garúa, y mientras miro, gira la cuchara de café
Do ultimo café que seus lábios estão gelados
Del último café que tus labios con frío
Eles perguntaram daquela vez com a voz de um suspiro
Pidieron esa vez con la voz de un suspiro
Eu me lembro do seu desdém, eu te evoco sem motivo
Recuerdo tu desdén, te evoco sin razón

Eu te escuto sem você
Te escucho sin que estés
O nosso acabou, você disse em um adeus de açúcar e fel
Lo nuestro terminó, dijiste en un adiós de azúcar y de hiel
O mesmo que café, como amor, como esquecimento!
¡Lo mismo que el café, que el amor, que el olvido!
Que a vertigem final de um rancor sem por quê
Que el vértigo final de un rencor sin porqué
E aí, com sua impiedade, me vi morrer de pé
Y allí, con tu impiedad, me vi morir de pie

Eu medi sua vaidade e então entendi minha solidão
Medí tu vanidad y entonces comprendí mi soledad
Sem para quê
Sin para qué
Estava chovendo e eu te ofereci o último café
Llovía y te ofrecí el último café