Eat the Rich

Crítica social irreverente em “Eat the Rich” do Motörhead

“Eat the Rich”, do Motörhead, faz uma crítica direta e sarcástica à desigualdade social e à hipocrisia das elites. O refrão repetitivo — “Come on, baby, eat the rich” — retoma um famoso slogan de protesto contra a concentração de riqueza, transformando-o em um chamado à rebelião contra o poder estabelecido. A música foi composta para o filme homônimo, que também satiriza a elite britânica, reforçando o tom de provocação e crítica social presente na letra.

A canção mistura referências a comida e consumo com insinuações sexuais e humor ácido, como em “Get a sweet thing on the side / Home cooking, homicide / Side order, could be your daughter / Finger licking good” (“Arrume uma coisinha gostosa de lado / Comida caseira, homicídio / Acompanhamento, pode ser sua filha / De lamber os dedos”). O ato de “comer” os ricos funciona como metáfora para subverter a ordem social, além de brincar com duplos sentidos ligados ao desejo e à transgressão. Trechos como “You're on the shelf, you eat yourself / Come on and bite my bone” (“Você está encostado, você se devora / Venha e morda meu osso”) ampliam a ironia, sugerindo que até os poderosos podem ser vítimas do próprio sistema. Expressões como “bacon torpedo” e outras referências alimentares reforçam o tom irreverente, tornando a crítica social mais direta e acessível ao público.