Não Mande a Geada

A Prece do Lavrador: Um Clamor Contra a Geada

A música "Não Mande a Geada" de Moxuara é uma ode à vida rural e ao trabalho árduo dos lavradores. A letra descreve a rotina de um trabalhador do campo que, ao amanhecer, se levanta com o canto do galo para ir à roça. Com a enxada ao ombro, ele se dirige ao cafezal, deixando sua esposa, Rosinha, cuidando da casa. A canção retrata a luta diária contra o mato que ameaça a lavoura, simbolizando os desafios constantes enfrentados pelos agricultores.

A oração do lavrador, repetida com devoção, é um pedido a Deus para que não mande a geada, uma ameaça climática que pode destruir a plantação de café. A geada, nesse contexto, representa não apenas um fenômeno natural adverso, mas também a fragilidade e a incerteza da vida no campo. O lavrador sabe que o sucesso de sua colheita depende de fatores além de seu controle, e sua prece é um apelo por proteção e sustento.

Além disso, a música aborda o sonho de uma vida melhor. O lavrador imagina que, se sua colheita for bem-sucedida, ele poderá comprar as coisas que sua família deseja na cidade. Esse desejo reflete a esperança de progresso e melhoria de vida, um tema comum entre trabalhadores rurais que aspiram a um futuro mais próspero. A canção, portanto, é uma celebração da fé, do trabalho duro e da esperança, elementos essenciais na vida de quem vive da terra.