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Malandro

MPB-4

Letra

    O malandro na dureza
    Senta à mesa do café
    Bebe um gole de cachaça
    Acha graça e dá no pé

    O garçom no prejuízo
    Sem sorriso, sem freguês
    De passagem pela caixa
    Dá uma baixa no português

    O galego acha estranho
    Que o seu ganho tá um horror
    Pega o lápis, soma os canos
    Passa os danos pro distribuidor

    Mas o frete vê que ao todo
    Há engodo nos papéis
    E pra cima do alambique
    Dá um trambique de cem mil réis

    O usineiro nessa luta
    Grita (ponte que partiu)
    Não é idiota, trunca a nota
    Lesa o banco do Brasil

    Nosso banco tá cotado
    Tá cotado
    No mercado exterior
    Então taxa a cachaça
    A um preço assustador

    Mas os ianques com seus tanques
    Têm bem mais o que fazer
    E proíbem os soldados
    Aliados de beber

    A cachaça tá parada
    Rejeitada no barril
    O alambique tem chilique
    Contra o banco do Brasil

    O usineiro faz barulho
    Com orgulho de produtor
    Mas a sua raiva cega
    Descarrega no carregador

    Este chega pro galego
    Nega arrego cobra mais
    A cachaça tá de graça
    Mas o frete como é que faz?

    O galego tá apertado
    Pro seu lado não tá bom
    Então deixa congelada
    A mesada do garçom

    O garçom vê um malandro
    Sai gritando pega ladrão
    E o malandro autuado
    É julgado e condenado culpado
    Pela situação


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