
P.U.T.A
MULAMBA
Denúncia e resistência feminina em “P.U.T.A” de Mulamba
“P.U.T.A”, da banda Mulamba, é uma música que transforma a indignação diante da violência contra a mulher em um manifesto direto e impactante. A letra aborda de forma explícita o abuso sexual intrafamiliar, como no verso “Painho quis de janta eu / Tirou meus trapos, e ali mesmo me comeu”, expondo um tema frequentemente silenciado na sociedade. A canção amplia a crítica ao destacar a invisibilidade das vítimas, especialmente das mulheres periféricas, em versos como “Ouviu-se um grito agudo engolido no centro da cidade / E na periferia? Quantas? Quem?” e “Nem vai dar manchete”, mostrando como essas histórias raramente recebem atenção da mídia.
A música faz referência direta à “Construção”, de Chico Buarque, em versos como “Morreu na contramão atrapalhando o sábado” e “Amou daquela vez como se fosse última”, conectando a denúncia de Mulamba à tradição da crítica social brasileira, mas agora sob uma perspectiva feminina. Além disso, a letra ressignifica o termo “puta”, transformando-o em símbolo de resistência e ancestralidade: “Minhas vestes é mulamba / E as feiticeiras, são as mesmas que hoje chamam P.U.T.A”. No final, a canção questiona a naturalização da violência e propõe uma inversão de papéis, sugerindo que a reação da sociedade seria diferente se o homem fosse a vítima. Com tom direto e indignado, “P.U.T.A” se destaca como um grito de enfrentamento ao machismo estrutural e à cultura do silenciamento.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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