Liberdade Perpétua (part. Jean Tassy)

Aproximadamente 6:10 da manhã
A 18 carnavais
Controlando o guidom

Mais a noite que cai
Mais um dia que bem entende, vi, pra 23
Calendários vivos de som

Eu tô por aí
Pedalando a magrela
Yeah!
A sensibilidade é uma antena
Só o movimento liberta a estátua
Vivo condenado a liberdade perpétua

Foram ventos do sul
Que passaram o farol
E se me iluminou
Nem vi
Nem sei
De onde vem
No caso fui jogado ao mar
Sabendo que

Não sei do raso
Não sei do fundo
Só sei que o céu é o mar daqui
Não tenho prazo
Não sei do rumo
Só sei que o som é o céu daqui

Alguém diz ao poeta que a intenção é mais que o texto
Fiel
O coração é mais que o terço
Eu vivo no vão
Entre a cova
E o berço
Um terço de mim canto
O resto eu nem conheço

Ladrão
Play no Quasimoto
Com a mandinga braba
Capaz de baixar caboclo

Fique atento quando te oferecerem o mundo
Se o castelo é teu
A faxina não é do outros

Sei não
Chora coração
Saudades de um amor que fez sucata virar som

E o céu
Tipo uma pintura viva
E o Sol
Possibilita a vida
E o som
É só loucura minha
O que sou
É o que eu não inventei ainda

Deixa que eu vou
Não dá mais pra cair
Se não eu morro
Vivo em cena
Cromaki

Perdoe o céu
Que trouxe ao chão
Interferências que eu nem sei porque
Fariam tanta interferência aqui
O vidro que não vi

Meti a fuça
Me vi de novo
Tudo que eu dizia
Viravam vales de palavras
Enquanto beijado pela hipocrisia
Pra me desconcentrar
Pra eu não poder pronunciá-las

Péssimo com datas
Passado morto
Vivo a cada passo esquecendo o dobro
Desfaço o fracasso sorrindo bobo
A mágica de ter tudo
Mas tudo solto

Então cof cof
Um salve pra minha tosse
Por que meu karma materno
Hoje eu dividi com tassy

É o céu
E o Sol
E o som
Que sou

Não sei do raso
Não sei do fundo
Só sei que o céu é o mar daqui
Não tenho prazo
Não sei do rumo
Só sei que o som é o céu da-qui!!!