Fulano (part. Matheus e Kauan)

Ciúme e leveza em "Fulano (part. Matheus e Kauan)"

Em "Fulano (part. Matheus e Kauan)", Murilo Huff aborda o ciúme e o sentimento de posse que persistem mesmo após o fim de um relacionamento. O personagem da música faz um pedido quase infantil à ex-namorada: que ela não fique com "fulano" ou "ciclano", ou seja, pessoas conhecidas do seu círculo social. Esse pedido revela o desconforto de ver a ex com alguém próximo, algo muito comum em cidades pequenas, onde todos se conhecem e as notícias se espalham rapidamente. O contexto de Goiânia, cidade natal de Murilo Huff, reforça essa dinâmica, mostrando como as relações são mais próximas e os sentimentos, mais expostos.

A letra é direta e usa uma linguagem coloquial, deixando claro que o personagem entende que o relacionamento acabou e que a ex tem o direito de seguir em frente. No entanto, ele admite que ainda não superou totalmente, como mostra o trecho: “Só não beija fulano, e nem beija ciclano / Pra prender a sua boca / Eu vou virar amigo de qualquer estranho / Até eu ficar bem”. O uso de nomes genéricos reforça que qualquer pessoa do convívio pode causar incômodo, enquanto o exagero de "virar amigo de qualquer estranho" evidencia o esforço para lidar com o ciúme e a dor do término. A música equilibra esse drama emocional com um tom leve e irônico, típico das parcerias entre Murilo Huff e Matheus & Kauan, tornando o tema do ciúme pós-término mais acessível e fácil de se identificar, especialmente para quem vive em cidades pequenas ou tem círculos de amizade fechados.