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Eu sou a figura do velho espantalho
Por bretes e atalhos a vida me esquece
Sou feito de trapos
O céu é meu teto
E o filho dos netos já não me conhece

Eu sou a esperança da terra lavrada
Vigília velada ao broto do grão
Eu sou um amuleto, um quebranto, um bendito
Vagueio infinitos fincado no chão

No mundo encantado do piá guerreiro
Fui alvo certeiro pra seus bodocaços
Brinquei com os ventos
Ouvi confidências, chorei as ausencias
Não tive cansaços

Sonhei com as estrelas, namorei as luas
Em rondas charruas de inverno e verão
Me deram guarida as noites viúvas
E com a água da chuva fiz meu chimarrão
E com a água da chuva fiz meu chimarrão

Hoje a traça do tempo, roeu minha estampa
Não há mais nesta pampa, meu rude semblante
Não tive rebentos de razão ou rebanhos
Fiquei nos antanhos com um tempo distante

Quando a terra rachar e a semente morrer
O fruto não nascer e a paisagem mudar
Neste mar de venenos e mil defensivos
Pra espantalhos vivos cederei meu lugar

Eu sou a figura do velho espantalho
Eu sou a figura do velho espantalho

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Composição: Alberto Medeiros / Wilson Tubino. Essa informação está errada? Nos avise.

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