
Panis Et Circenses
Os Mutantes
Crítica social e ironia em “Panis Et Circenses” dos Mutantes
Em “Panis Et Circenses”, Os Mutantes fazem uma crítica direta à alienação e à passividade da classe média brasileira dos anos 1960. A repetição da imagem das “pessoas na sala de jantar” destaca como muitos preferiam se prender a rotinas banais em vez de se envolver com as mudanças sociais e políticas do país. O título, que significa “Pão e Circo” em latim, faz referência à estratégia do Império Romano de distrair o povo com comida e entretenimento, sugerindo que a sociedade brasileira também era mantida apática por distrações superficiais enquanto questões importantes eram deixadas de lado.
A letra traz metáforas marcantes para ilustrar tentativas de provocar mudanças ou despertar consciência. Trechos como “Soltei os panos sobre os mastros no ar” e “Soltei os tigres e os leões nos quintais” remetem a gestos grandiosos, mas que não conseguem romper a indiferença das pessoas retratadas. O verso “Mandei fazer de puro aço luminoso, um punhal / Para matar o meu amor e matei” pode ser entendido como o sacrifício de ideais diante da frieza social, enquanto “Mandei plantar folhas de sonho no jardim do solar” sugere a tentativa de semear esperança, novamente ignorada por quem “são ocupadas em nascer e morrer”. O tom irônico da música, junto à ambientação sonora que simula um jantar burguês, reforça a crítica à superficialidade e à falta de engajamento, tornando “Panis Et Circenses” um marco do Tropicalismo e de sua postura contestadora.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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