Ímã

A força do apego e da saudade em “Ímã” de Nadson o Ferinha

Em “Ímã”, Nadson o Ferinha utiliza a metáfora do ímã para expressar a intensidade da atração e o sentimento de dependência emocional entre o casal. A letra destaca como o protagonista se sente preso a esse relacionamento, incapaz de se desvincular das lembranças e emoções do passado. Frases como “parece que seu beijo é um vício” e “seu corpo tem um ímã” deixam claro que o apego vai além do emocional, tornando-se quase físico, como se o personagem estivesse magneticamente ligado à pessoa amada.

A música aborda de forma direta a dificuldade de superar um amor marcante, evidenciando a presença constante da saudade e do desejo de esquecer, mas sem sucesso. O verso “essa bebida não está me ajudando, era pra te esquecer, mas eu sigo lembrando” mostra a tentativa frustrada de buscar alívio em distrações, enquanto a saudade permanece forte. O questionamento repetido “como é que eu vou te esquecer” revela a luta interna do personagem, que reconhece ter perdido a paz e se rende à intensidade dos sentimentos. Inserida no contexto do arrocha, gênero conhecido por tratar de amores não resolvidos e sofrência, “Ímã” potencializa a identificação do público ao expor de forma honesta a vulnerabilidade e o sofrimento de quem não consegue seguir em frente.