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Por Toda Parte

Naeno Rocha

Meus olhos como que varrem
Toda a extensão da terra
E pela reta do meu ponto
Ao teu olhar que se distrai
Faz da distância inatingível
Um porto pronto a me esperar.

Mas não me esperas e nem vês a mim
Por um sortilégio o vento é que traz
Estas visões dos mesmos jardins
A rosa, o cravo, dentro de mim fazem um vergel
Uma pintura suspensa, esta paisagem e o fim
Dessa esperança e da minha paz.
Todo alucinado enxerga esse cais.

Não, não é de vera esta primavera
Que antecipo ou adio na maluquice
Dos teus olhos flores, e dos meus, quimera
Porque só deus torna à meninice
Só ele pode refazer o que era
Que no tempo, vai e vem, resiste
Ao teu lugar. ver-te quem dera
Poder de novo ver teus olhos tristes
Dentro dos meus na alegria mera
Olhando o cais que ainda resiste

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