If I Ruled The World (Imagine That) (feat. Lauryn Hill)

Utopia e crítica social em “If I Ruled The World (Imagine That)”

Em “If I Ruled The World (Imagine That) (feat. Lauryn Hill)”, Nas propõe uma visão utópica que vai além do desejo por riqueza e poder. Ele usa imagens de luxo e liberdade para criticar as restrições enfrentadas pela população negra e marginalizada nos Estados Unidos. Ao imaginar um mundo sem repressão policial — “Imagine smoking weed in the street without cops harassing” (Imagine fumar maconha na rua sem a polícia importunar) —, sem julgamentos injustos e com oportunidades iguais, Nas denuncia o racismo sistêmico e a opressão institucional. O verso “I'd free all my sons” (Eu libertaria todos os meus filhos) faz referência direta à libertação de jovens negros encarcerados, destacando a crítica ao encarceramento em massa e o desejo de justiça social. Lauryn Hill, no refrão, reforça a esperança de dias melhores, trazendo um tom de redenção e união à música.

O contexto histórico e musical da faixa amplia sua mensagem. Nas faz referências à ancestralidade africana e à luta pelos direitos civis, como em “Lost Tribe of Shabazz free at last” (Tribo Perdida de Shabazz finalmente livre) e ao sugerir Coretta Scott-King como prefeita. Ele também propõe a transformação social, como em “reverse fiends to Willies” (transformar viciados em pessoas bem-sucedidas), mostrando que sua utopia inclui dignidade e reabilitação, não apenas riqueza. Apesar do tom sonhador, a música reconhece as dificuldades reais enfrentadas, equilibrando crítica social e esperança. A participação de Lauryn Hill, a produção dos Trackmasters e o videoclipe dirigido por Hype Williams consolidam o impacto cultural da faixa, que permanece como um manifesto de resistência e desejo de transformação social.