APRENDER A AMAR

Crítica social e autoconhecimento em "APRENDER A AMAR"

Em "APRENDER A AMAR", NATHY PELUSO mistura crítica social e autodepreciação com um tom irônico e bem-humorado. Logo no início, ela se define como "una pendeja casi clásica" e ironiza a superficialidade do luxo e do dinheiro: "Mucho lujo / Pero de segunda / Mucha labia / Pero se te inunda". Essas frases mostram como a artista expõe as contradições do materialismo e das aparências, tema central do álbum "GRASA". As declarações de NATHY PELUSO reforçam que a música é um manifesto de autenticidade, usando sarcasmo e expressões diretas para questionar valores sociais e destacar a importância do amor próprio diante das pressões externas.

O refrão, "Tienes que aprender a amarte, perra" (Você tem que aprender a se amar, perra), funciona como um mantra de empoderamento, mas também traz um tom provocativo e descontraído, característico do estilo da artista. NATHY PELUSO usa o humor para mostrar que, apesar das promessas vazias e da busca por status, o verdadeiro desafio é aprender a se valorizar. Trechos como "la política tiene sabor a cemento" (a política tem gosto de cimento) e "todos queremo' la revolución, ¿pero quién le dedica un momento?" (todos queremos a revolução, mas quem dedica um momento?) revelam o desencanto com discursos políticos e sociais, sugerindo que a mudança real começa pelo indivíduo. Assim, "APRENDER A AMAR" é tanto um comentário social quanto um lembrete de que o amor próprio é uma construção diária em um mundo onde tudo parece ter um preço.