
Palmares 1999
Natiruts
Resistência e identidade negra em “Palmares 1999” do Natiruts
“Palmares 1999”, do Natiruts, faz uma crítica direta à forma como a história da população negra no Brasil foi escrita pelos colonizadores, destacando o apagamento e a distorção das conquistas afro-brasileiras. O verso “A cultura e o folclore são meus, mas os livros foi você quem escreveu” evidencia a apropriação e manipulação da narrativa histórica, enquanto questionamentos como “Quem garante que palmares se entregou, quem garante que zumbi você matou” desafiam as versões oficiais sobre a resistência do Quilombo dos Palmares e de Zumbi, símbolos da luta negra. Alexandre Carlo, vocalista da banda, já afirmou que a intenção era provocar uma reflexão sobre como a história é contada pelos vencedores e a importância de resgatar a verdadeira memória dos oprimidos.
A música também denuncia a exclusão dos negros em espaços culturais que eles mesmos ajudaram a criar, como em “E apesar de ter criado o toque do agogô, fica de fora dos cordões do carnaval de Salvador”. Esse trecho expõe a contradição de uma sociedade que se apropria de elementos culturais afro-brasileiros, mas não valoriza seus criadores. Versos como “Então despreza a flor zulu, sonha em ser pop na zona sul” alertam para o risco da perda de identidade cultural em busca de aceitação social. O refrão “A energia vem do coração e a alma não se entrega não” resume a mensagem de resistência e força espiritual, mostrando que, apesar das adversidades, a essência e a luta do povo negro seguem vivas.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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