
Larga a Bicha
Ndee Naldinho
Preconceito e ironia em “Larga a Bicha” de Ndee Naldinho
“Larga a Bicha”, de Ndee Naldinho, se destaca pelo uso repetido e provocativo da palavra “bicha”, termo que no português brasileiro pode ser tanto uma gíria pejorativa para pessoas LGBTQIA+ quanto uma referência a alguém considerado estranho ou fora do padrão. A letra adota um tom debochado e escrachado, explorando situações de desconforto e rejeição diante de personagens que fogem do padrão heteronormativo ou apresentam características consideradas “fora do comum” pelo narrador. O humor ácido e a linguagem direta reforçam estereótipos e preconceitos, algo frequente em parte do rap dos anos 90, mas que hoje é visto de forma crítica.
A música descreve um encontro desconcertante com uma pessoa que mistura traços femininos e masculinos, levantando dúvidas sobre sua identidade de gênero: “Será que é mulher, meu Deus! Será que é homem?”. O narrador reage com repulsa e ironia, rejeitando tanto a mulher quanto o amigo gay dela, usando expressões como “sua bicha esqueleto” e “viadão”. O refrão “E larga bicha aquela feia!” reforça o tom de escárnio e exclusão. O contexto da época e o estilo de Ndee Naldinho, conhecido por retratar a vida urbana e marginalizada, ajudam a entender que a música reflete, de forma crua e sem filtros, o preconceito e a estranheza diante do diferente. Apesar de usar o humor como ferramenta de crítica social, a letra também reproduz estigmas e visões preconceituosas que eram (e ainda são) comuns em certos ambientes urbanos.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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