DoomsDay

Vivendo Cada Dia como se Fosse o Último: A Luta Contra os Monstros Internos em 'DoomsDay' de Neoni

A música 'DoomsDay' de Neoni aborda de maneira intensa e visceral a luta interna contra a depressão e a ansiedade. A letra começa com a metáfora de 'jogar morto' para enganar os 'monstros na cabeça', representando as batalhas mentais que a protagonista enfrenta diariamente. Essa estratégia, no entanto, parece ter um efeito colateral, pois ela sente que perdeu a própria identidade e se pergunta onde se desviou do caminho. A sensação de arrastar 'lama e amor usado' até o sótão simboliza o peso das emoções passadas e a dificuldade de se livrar delas.

O refrão da música destaca a sensação de viver cada dia como se fosse o fim do mundo, mesmo que seja apenas uma terça-feira comum. A internet, representando a sociedade moderna, diagnostica essa sensação como depressão, algo que a protagonista reconhece como uma obsessão. A repetição de 'nunca aprendo minha lição' sugere um ciclo vicioso de autodestruição e a incapacidade de escapar dessa mentalidade apocalíptica. A música também toca na crise de um quarto de vida, onde a protagonista se vê como um 'egomaníaco em autoataque', lutando contra suas próprias tendências autodestrutivas.

A letra expressa um desejo profundo de voltar a ser a criança que via o mundo cheio de possibilidades, sem as responsabilidades esmagadoras da vida adulta. A protagonista sente que seu mundo está caindo em entropia e pede desesperadamente por uma nova perspectiva, uma 'tela diferente' para ver o mundo. A repetição da palavra 'Doomsday' no final da música reforça a sensação de iminência e desespero, encapsulando a luta contínua contra os próprios demônios internos e a busca por um alívio que parece sempre fora de alcance.