
Açúcar Candy
Ney Matogrosso
Erotismo e provocação em “Açúcar Candy” de Ney Matogrosso
A música “Açúcar Candy”, de Ney Matogrosso, chama atenção por transformar imagens de violência, como “balas do teu 38” e “pistola”, em metáforas sensuais e doces. Esse contraste entre perigo e prazer cria uma atmosfera provocativa, onde o desejo é apresentado como algo intenso e irresistível, mas também arriscado. Ao comparar as balas de um revólver a doces que circulam pelo sangue, a letra sugere que a paixão pode ser tão arrebatadora quanto perigosa. Versos como “as tuas balas me matam de prazer” e “tua pistola dispara baunilha” reforçam essa mistura de erotismo e ameaça, mostrando o prazer como algo que domina o corpo, levando ao êxtase e até ao desmaio, como em “meu corpo estremece, meu corpo falece” e “ai que vertigem, ai que desmaio”.
O contexto histórico da canção, lançada durante a Ditadura Militar, amplia o impacto de sua ousadia. Ney Matogrosso, com suas performances provocativas e simulações de orgasmo ao interpretar “Açúcar Candy”, desafiava abertamente os padrões conservadores e a repressão sexual da época. Assim, a música vai além do erotismo inovador: ela se torna um ato de resistência artística, usando metáforas ambíguas para driblar a censura e afirmar a liberdade do corpo e do desejo. Termos como “precipício” e “poço de delícias” reforçam a entrega total ao prazer, mesmo diante do perigo, mostrando que o desejo pode ser doce e letal ao mesmo tempo.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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