
Lei Áurea
Borges
Racismo estrutural e resistência em "Lei Áurea" de Borges
A música "Lei Áurea" de Borges faz uma crítica direta à falsa ideia de liberdade trazida pela abolição da escravidão no Brasil. O título remete à lei de 1888, mas a letra evidencia que a assinatura da Lei Áurea não significou igualdade para a população negra. Borges resume essa crítica ao afirmar: "Lei Áurea liberta, não traz igualdade". Ele mostra que, mesmo após o fim oficial da escravidão, o racismo estrutural, a exclusão social e a violência continuam presentes, principalmente nas periferias e favelas.
A letra traz exemplos concretos de violência policial, como em "111 tiros acertam um preto", e cita vítimas reais como Ágatha, Duda, Kauan e João Pedro, denunciando o genocídio da juventude negra e pobre. Ao repetir "genocídio, homicídio, mais morador que bandido", Borges reforça a ideia de que o Estado enxerga moradores de favelas como alvos, independentemente de qualquer envolvimento com o crime. Ele também critica a narrativa oficial que transforma policiais em heróis e criminaliza as vítimas, como nos versos: "Explica que o herói é quem mata / E o vilão é quem te deu chuteira". Ao perguntar "Quem disse que a escravidão acabou?", Borges deixa claro que a opressão persiste, agora sob outras formas, como a desigualdade e a violência institucional. A música expressa indignação, tristeza e resistência, questionando a real efetividade da abolição e denunciando a continuidade do racismo no Brasil.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



Comentários
Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra
Faça parte dessa comunidade
Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Borges e vá além da letra da música.
Conheça o Letras AcademyConfira nosso guia de uso para deixar comentários.
Enviar para a central de dúvidas?
Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.
Fixe este conteúdo com a aula: