Proibidão Freestyle (part. NGC Daddy)

A Ostentação e a Vida Marginal em 'Proibidão Freestyle'

A música 'Proibidão Freestyle' de Borges, com participação de NGC Daddy, é uma representação crua e explícita da vida marginal e da ostentação no cenário do funk e do trap brasileiro. A letra aborda temas como o consumo de drogas, a violência, a sexualidade e a ostentação de bens materiais, refletindo um estilo de vida que é tanto glamorizado quanto criticado na sociedade.

Desde o início, a música destaca a importância da aparência e do status social, com referências a marcas de luxo como Lacoste, Armani, Nike e Tommy Hilfiger. Essas marcas são símbolos de sucesso e poder, elementos centrais na cultura do funk ostentação. A repetição de frases como 'Se eu tiver chique e abusado, não toca em mim que é a tropa do homem' reforça a ideia de invulnerabilidade e superioridade associada ao uso dessas grifes.

A letra também explora a violência e a criminalidade, com menções a armas, balas e confrontos. Frases como '15 no pente, acabo com a tua vida' e 'Bala voando, te pego na esquina' ilustram a brutalidade e a realidade perigosa enfrentada por muitos jovens nas periferias. Além disso, a sexualidade é tratada de forma explícita e objetificante, com descrições gráficas de atos sexuais e a utilização de termos pejorativos para se referir às mulheres. Essa abordagem reflete uma visão machista e hedonista, comum em muitos gêneros musicais urbanos.

'Proibidão Freestyle' é, portanto, uma música que encapsula a dualidade da vida marginal: a busca incessante por status e reconhecimento, e a realidade brutal da violência e da criminalidade. Borges e NGC Daddy utilizam a música como um meio de expressar suas vivências e perspectivas, oferecendo uma visão autêntica, embora controversa, do mundo em que vivem.