Traidores

Desconfiança e superação em "Traidores" de Borges

Em "Traidores", Borges expõe de forma direta o impacto da traição e da inveja em sua vida, trazendo à tona experiências pessoais e o clima de desconfiança no meio musical. A menção ao rapper Daleste, assassinado por inveja, é central: “Eu não posso acabar como Daleste (Não, não, não) / Com uma bala no peito por causa de invejoso”. Aqui, Borges mostra que seu medo de traição não é exagero, mas resultado de situações reais e perigosas, onde a violência pode ser consequência da inveja e da falsidade.

A letra destaca a frustração com pessoas que fingem amizade, mas agem por interesse. Borges critica a hipocrisia de quem “te beija e te abraça” enquanto trama pelas costas, reforçando o sentimento de isolamento e a dificuldade de confiar. Ele valoriza a lealdade ao citar amigos verdadeiros como Luan, DG, Pl e AZ, contrapondo-os aos "lobos em pele de cordeiro". A referência a Tyler, The Creator, artista conhecido por ser incompreendido, reforça o sentimento de não pertencimento e de ser julgado injustamente. O refrão, repetido com força, é um desabafo e um alerta: Borges não tolera mais falsidade e se mantém resiliente, afastando os traidores de sua vida.

Além da desconfiança, a música aborda superação. Borges admite que já pensou em desistir, mas encontrou força nos verdadeiros amigos e na música, transformando a dor em arte. A saudade do pai e a lembrança de amigos que partiram ou foram presos ampliam o tom de perda e amadurecimento. No final, a mensagem é clara: apesar das traições, Borges segue em frente, atento a quem merece sua confiança e determinado a não ser derrubado pelas adversidades.