
Where The Wild Roses Grow
Nick Cave
Tragédia e romantização em "Where The Wild Roses Grow"
"Where The Wild Roses Grow", de Nick Cave, apresenta uma narrativa tensa ao alternar as perspectivas de Elisa Day e seu assassino. A música se desenrola como uma balada romântica, mas revela, aos poucos, o crime que está prestes a acontecer. O assassino chama Elisa de "The Wild Rose" (“A Rosa Selvagem”), mesmo quando ela insiste em ser chamada pelo próprio nome. Esse detalhe evidencia a objetificação e desumanização da vítima, reforçando o tema do amor fatal e da violência. O refrão repetido, em que Elisa questiona o motivo do apelido, destaca sua inocência e antecipa o desfecho trágico.
Inspirada na canção tradicional "Down in the Willow Garden", a música explora a dualidade entre beleza e morte, simbolizada pelas rosas selvagens que crescem “all bloody and wild” (“todas ensanguentadas e selvagens”). O assassino compara a cor dos lábios de Elisa às rosas, sugerindo o fim violento que se aproxima. No terceiro dia, ele a leva ao rio e a mata, justificando o crime com a frase “All beauty must die” (“Toda beleza deve morrer”). O gesto de colocar uma rosa entre os dentes de Elisa remete à estética trágica da pintura "Ophelia" e é reforçado pelo videoclipe, sugerindo uma romantização mórbida da morte. Assim, a música denuncia a violência disfarçada de paixão, mostrando como o desejo de posse pode levar à destruição.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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