A Raiva Que Eu Tenho...

Conflitos internos e autossabotagem em “A Raiva Que Eu Tenho...”

A música “A Raiva Que Eu Tenho...” de Nick Ghost aborda de forma direta como a raiva pode se transformar em um obstáculo para relacionamentos e para a saúde mental. O artista mostra que essa emoção não se manifesta apenas em explosões externas, mas também em um ciclo silencioso de autodestruição. Isso fica claro em versos como “Alimento o meu demônio com tudo que precisa / Machucando pessoas à minha volta”, onde a raiva acaba afastando quem está próximo e alimentando sentimentos de culpa e isolamento.

A letra também traz referências ao uso de drogas e remédios, como em “Ela fodeu minha vida com drogas, um beijo e um abraço” e “Tomando remédios, menos mais um dia”. Esses trechos sugerem que o personagem busca alívio temporário para sua dor emocional, mas acaba preso em um ciclo de dependência e vazio. O conflito entre desejo e autodefesa aparece em “Obcecado por essa vadia / Mas eu não quero me envolver, sei que é só uma brisa”, mostrando o medo de se envolver afetivamente e agravar o sofrimento. O refrão “A raiva que eu tenho estraga minha vida / A raiva que eu tenho te impede de ser minha” resume o tema central: a dificuldade de lidar com emoções intensas impede a construção de vínculos saudáveis, levando a arrependimento e solidão. A música expõe, de forma honesta, a luta contra impulsos autodestrutivos e a dificuldade de romper padrões emocionais negativos.