Que Le Vamos a Hacer (No Voy a Cambiar)

Resiliência e autoconhecimento em “Que Le Vamos a Hacer (No Voy a Cambiar)”

A música “Que Le Vamos a Hacer (No Voy a Cambiar)”, de Nicolás Ruiz, aborda de forma clara o momento em que se percebe que o amor, por mais intenso que seja, não basta para manter um relacionamento. O refrão repetido, “No voy a cambiar” (“Não vou mudar”), destaca a decisão de preservar a própria identidade e bem-estar, mesmo diante da dor do término. Essa recusa em mudar para agradar o outro reforça o tema do autoconhecimento e da aceitação das diferenças, inspirado pela experiência pessoal de Ruiz após um término difícil.

A letra alterna entre lembranças positivas e a constatação de que as tentativas de reconciliação foram inúteis: “Lo intentamos tantas veces / Fueron horas, días, meses / Lo que pa' uno era importante / Para el otro estupideces” (“Tentamos tantas vezes / Foram horas, dias, meses / O que para um era importante / Para o outro, bobagens”). Esse trecho evidencia o desgaste causado por incompatibilidades e a maturidade de aceitar que certas diferenças não têm solução. A frase “Prefiero esta soledad / Respirar en paz / Que ser un lindo recuerdo en tu cajón / Y una foto a la mitad” (“Prefiro esta solidão / Respirar em paz / Do que ser uma lembrança bonita na sua gaveta / E uma foto pela metade”) mostra a escolha pela paz interior, mesmo que isso signifique ficar só.

O refrão “¿Qué le vamos a hacer?” (“O que vamos fazer?”) funciona como um mantra de aceitação, mostrando que não há culpados, apenas a realidade de que ambos não vão mudar. A expressão “aunque me pegue un tiro” (“mesmo que eu me mate”) é uma hipérbole que intensifica o sentimento de impotência, sem ser literal, reforçando a impossibilidade de mudança. Assim, a canção transmite uma mensagem de maturidade emocional, honestidade e valorização das boas lembranças, ao mesmo tempo em que reconhece a necessidade de seguir em frente.