Faça login para habilitar sua assinatura e dê adeus aos anúncios

Fazer login
exibições de letras 8.294

A chuva guasqueada castigou o rancho a noite inteira
Pingando goteiras nas telhas quebradas que o tempo gastou
O sono perdido tomou outro rumo pela madrugada
Na erva lavada, a maré de sonhos que se bandeou

Nas frestas respingam lágrimas de chuva e aguaceiro
E lá no terreiro um galo encharcado traz vida pras casas
A manhã se espreguiça, cinzenta e vazia, clareando o oitão
E o angico chorão orgulha sua ira findando em brasas

(Neste aguaceiro que inunda os campos pelas invernias
Minha alma vazia, alheia ao silêncio que se aquerenciou
Reponta ilusões na ânsia incontida que já fez morada
Campeando na estrada um olhar perdido que se desgarrou)

A mangueira de pedra, inerte no tempo, num sono profundo
Demonstra que o mundo se acaranchou em sua porteira
As vidas passadas guapeiam lembranças pelo rancherio
De quem já partiu, deixando saudades para a vida inteira

Um poncho se abre, com asas de noite goteando no chão
E a tal solidão acarancha tristezas no peito da gente
O olhar se perde no imenso vazio que a manhã reponta
E nem se dá conta do quadro bonito pintado pra gente

(Neste aguaceiro que inunda os campos pelas invernias
Minha alma vazia, alheia ao silêncio que se aquerenciou
Reponta ilusões na ânsia incontida que já fez morada
Campeando na estrada um olhar perdido que se desgarrou)

Adicionar à playlist Tamanho Cifra Imprimir Corrigir

Comentários

Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra

0 / 500

Faça parte  dessa comunidade 

Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Nilton Ferreira e vá além da letra da música.

Conheça o Letras Academy

Enviar para a central de dúvidas?

Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.

Fixe este conteúdo com a aula:

0 / 500

Posts relacionados Ver mais no Blog


Opções de seleção