Everywhere, Everything (feat. Gracie Abrams)

O amor resiliente em "Everywhere, Everything (feat. Gracie Abrams)"

A música "Everywhere, Everything (feat. Gracie Abrams)", de Noah Kahan, explora o amor como uma força que resiste ao tempo e às dificuldades da vida. No verso “I wanna love you / till we're food for the worms to eat / till our fingers decompose, keep my hands in yours” (Quero te amar / até sermos comida para os vermes / até nossos dedos se decomporem, manter minhas mãos nas suas), a letra usa uma imagem direta da morte para expressar o desejo de permanecer junto até o fim. Em vez de soar mórbido, esse trecho transforma a finitude em uma declaração de afeto profundo, mostrando que o amor verdadeiro ultrapassa qualquer limite. Essa abordagem reflete a sinceridade e vulnerabilidade que tanto Noah Kahan quanto Gracie Abrams costumam trazer em suas músicas, como já comentaram em entrevistas.

A canção também fala sobre as marcas do passado e a capacidade de encontrar beleza mesmo em situações imperfeitas. O trecho “Two bodies riddled with scars from our pre-teens / Intertwine in a car's dirty backseat / And stare at a drive-in screen” (Dois corpos cheios de cicatrizes da adolescência / entrelaçados no banco traseiro sujo de um carro / olhando para a tela de um drive-in) mostra que o amor floresce mesmo entre cicatrizes e lembranças difíceis. O refrão, repetido com intensidade, reforça a ideia de que o amor é um abrigo diante do caos, simbolizado pelo colapso do sol e pela destruição ao redor. A parceria entre Kahan e Abrams, marcada pela harmonia vocal e emoção, cria uma atmosfera íntima e honesta, tornando a música um retrato sensível de vulnerabilidade e esperança.