Whatever

Liberdade e autenticidade em “Whatever” do Oasis

“Whatever”, do Oasis, destaca-se por transformar a ideia de liberdade individual em um hino coletivo. A letra, escrita por Noel Gallagher, utiliza frases simples e repetitivas para afirmar que cada pessoa tem o direito de ser quem quiser, sem se preocupar com julgamentos. O verso “I'm free to be whatever I, whatever I choose, and I'll sing the blues if I want” (“Sou livre para ser o que eu quiser, o que eu escolher, e vou cantar o blues se eu quiser”) resume essa postura de independência, reforçada pelo tom descontraído da melodia e pelo arranjo de cordas, que trazem leveza e grandiosidade à música.

A canção também faz críticas à superficialidade, como no trecho “You only see what people want you to see” (“Você só vê o que as pessoas querem que você veja”), e incentiva a autenticidade com versos como “get a grip on yourself, it don't cost much” (“se controle, não custa muito”). O refrão repetitivo e a expressão “shoot the breeze” (conversar à toa) reforçam a atmosfera de liberdade e despreocupação, mostrando que não há problema em simplesmente ser ou sentir o que quiser. O contexto da disputa legal com Neil Innes, por conta da semelhança com “How Sweet to Be an Idiot”, adiciona uma ironia à música: uma canção sobre liberdade acabou limitada por questões de direitos autorais. Ainda assim, “Whatever” segue relevante, transmitindo uma mensagem de autonomia e aceitação que resiste ao tempo.