A Crack In The World

Esperança e resiliência em "A Crack In The World"

Em "A Crack In The World", Oceanator (Elise Okusami) explora a sensação de vulnerabilidade coletiva diante de um mundo instável. Logo no início, a artista usa a imagem "There’s a crack in the world / And we’re all hanging on" (Há uma rachadura no mundo / E todos nós estamos nos segurando) para expressar a ansiedade e o medo de que tudo possa desmoronar a qualquer momento. A música reflete o impacto das notícias negativas e dos desafios diários na vida adulta, mostrando como é difícil manter sonhos vivos quando a realidade parece cada vez mais incerta. O trecho "But sometimes there’s only so much you can do / And it’s hard to have big dreams / But it’s hard to let those dreams die out, too" (Mas às vezes só há tanto que você pode fazer / E é difícil ter grandes sonhos / Mas também é difícil deixar esses sonhos morrerem) resume o conflito entre esperança e resignação.

Escrita em 2018, a canção ganhou ainda mais relevância com os acontecimentos mundiais dos anos seguintes, reforçando seu tom atual. Oceanator fala sobre a frustração de crescer e perceber que as respostas não são simples: "And you thought by now you’d figure out / Figure out most everything / But it’s all as confusing as ever" (E você achou que agora já teria entendido / Entendido quase tudo / Mas tudo continua tão confuso quanto antes). Apesar do tom melancólico, a artista sugere encontrar conforto em pequenos prazeres, como "Hot tea on a cold fall day / And dressing up for Halloween" (Chá quente em um dia frio de outono / E se fantasiar para o Halloween). O refrão "It’s not what you wanted, but it’ll do" (Não é o que você queria, mas serve) mostra aceitação diante do que não se pode mudar, enquanto o verso final "I’ll keep trying to keep the skies blue anyway" (Vou continuar tentando manter o céu azul, de qualquer forma) traz uma mensagem de resistência e esperança discreta, incentivando a busca por sentido mesmo em tempos difíceis.