
Mateando Com Sepé
Odilon Ramos
Ritual, memória e resistência em "Mateando Com Sepé"
A música "Mateando Com Sepé", de Odilon Ramos, mostra como o ritual de tomar mate ao entardecer vai além de um simples costume: ele se transforma em um elo com a memória coletiva e a resistência cultural do povo gaúcho. O narrador, ao observar o Cruzeiro do Sul enquanto "mateia", relembra o pai e se conecta à figura histórica de Sepé Tiaraju, líder indígena guarani que defendeu as Missões Jesuíticas. A letra faz referência ao Cruzeiro do Sul como símbolo da cruz que, segundo a tradição oral, Sepé carregava na testa, unindo elementos de fé, céu e luta.
A canção mistura nostalgia e reverência ao trazer Sepé como uma presença onírica, que compartilha com o narrador valores como solidariedade, justiça e comunhão. O ideal da "terra sem males", onde todos viviam em igualdade, aparece em contraste com o sofrimento causado pelo Tratado de Madri e pela violência colonial. O verso “Pra quem gente é como bicho / Não tem rosto, nem vontade / Nem direito a liberdade” evidencia a desumanização dos indígenas. Já o apelo “Que esta terra tem dono” reforça a resistência e a defesa da identidade. Assim, Odilon Ramos homenageia Sepé Tiaraju e destaca a importância da memória, da tradição e da luta por justiça social na cultura gaúcha.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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