
Virou Canção
Ogi
Infância, perda e memória em "Virou Canção" de Ogi
"Virou Canção", de Ogi, explora o contraste entre a inocência da infância e a dura realidade da vida adulta na periferia. Ogi utiliza suas memórias pessoais para criar uma narrativa que, apesar de íntima, é facilmente reconhecida por quem já perdeu amigos para a violência ou o crime. Um dos versos marcantes, “a munição da molecada só era mamona”, mostra como as brincadeiras inofensivas da infância deram lugar a uma realidade violenta, simbolizada pelo trecho “estilingue virou um revólver”. Essa transição dolorosa é comum em muitos bairros periféricos do Brasil.
A música também destaca a importância do rap nacional, especialmente Racionais MC's, como fonte de consciência e refúgio mental para Ogi: “Ouvindo Racionais eu permitia que a minha mente se tornasse menos crazy”. Ele relata a perda de um amigo para o crime – “Meu velho mano já não vive, perdeu pro crime, virou canção” – e reflete sobre as escolhas que o mantiveram vivo, como recusar propostas ilícitas e valorizar os laços afetivos. O videoclipe dirigido por Gabi Jacob reforça o tom autobiográfico, mostrando a amizade e a tragédia que separa os personagens. A produção musical, com o saxofone de Thiago França, acrescenta emoção à lembrança desses tempos. No fim, "Virou Canção" transforma a dor da perda em arte e homenagem, celebrando a sobrevivência e a memória.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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