FACAS E MACHADOS (part. FAB GODAMN e Matuê)

Conflitos e juventude em "FACAS E MACHADOS" de okie (BR)

"FACAS E MACHADOS (part. FAB GODAMN e Matuê)", de okie (BR), utiliza imagens de armas e fogo não apenas para sugerir violência, mas como símbolos do caos interno e da luta por identidade em meio a uma rotina intensa e desregrada. O título, que faz referência a instrumentos de combate, reforça a ideia de conflito constante, tanto com o mundo quanto consigo mesmo. Isso fica claro em versos como “Meu coração está acelerado / Meu machado está atribulado / Eu sou um mano muito revoltado”, onde o machado atribulado representa as batalhas pessoais e a sensação de estar sempre à flor da pele.

A letra mistura referências a festas, drogas e marcas de luxo, retratando uma juventude que busca prazer imediato, mas sente o peso da superficialidade e do vazio. O trecho “Ela só pensa em coisas fúteis / Futilidades, grifes caras” faz uma crítica direta ao materialismo, enquanto a menção a Bezerra da Silva conecta a música à tradição de comentários sociais irônicos e à cultura brasileira. O uso de gírias e expressões como “essa vadia é mais rodada que o iFood” reforça o tom debochado e direto, característico dos artistas envolvidos. No fim, "FACAS E MACHADOS" apresenta um retrato cru dos excessos, da rebeldia e das contradições de quem vive no limite entre o caos e a busca por sentido.