endless

Reflexões sobre identidade e mudança em “endless” de Oklou

Em “endless”, Oklou explora dúvidas profundas sobre identidade e transformação. A repetição da pergunta “Is the endless still unbound?” (O infinito ainda está sem limites?) revela a incerteza sobre se as possibilidades da vida continuam abertas ou se foram alteradas por mudanças internas. Esse questionamento aparece também quando a artista se pergunta “Or am I just different now?” (Ou será que eu só estou diferente agora?), mostrando a dualidade entre o desejo de permanência e a consciência de que experiências e relações podem mudar nossa visão de mundo e de nós mesmos.

A produção da música, que mistura elementos clássicos e eletrônicos, cria uma atmosfera introspectiva e nostálgica. Versos como “You make it feel like yesterday” (Você faz parecer que foi ontem) e “Can you find a way to count me in?” (Você consegue encontrar um jeito de me incluir?) expressam o desejo de reviver ou resgatar conexões do passado. Já “I'll find a way to forget myself” (Vou encontrar um jeito de me esquecer) sugere uma entrega ou dissolução do ego em busca de uma experiência compartilhada. O trecho “If too far is the new entrance into innocence” (Se ir longe demais é a nova entrada para a inocência) indica que ultrapassar limites pode ser uma forma de reencontrar autenticidade, mesmo que isso traga confusão. Assim, “endless” reflete sobre o fluxo contínuo das relações e da identidade, marcada por incertezas, mudanças e a busca constante por significado.