EAI COMO QUE TÁ? (part. MC Tuto, MC Vine7, Lele JP, Salvador da Rima e Gabb MC)

Conquistas e orgulho periférico em “EAI COMO QUE TÁ?”

“EAI COMO QUE TÁ? (part. MC Tuto, MC Vine7, Lele JP, Salvador da Rima e Gabb MC)”, de Oldilla, destaca como conquistas materiais, como carros de luxo e marcas famosas, se tornam símbolos de superação e ascensão social para quem vem da periferia. O trecho “Saquei na agência a Evoque / Branca de neve, banco de couro / Tá no plástico, cheiro de novo” mostra não só a ostentação, mas também o orgulho de alcançar algo raro no contexto da favela. A frase “Mas nós leva no topo a favela / Onde que merece tá” reforça a ideia de vitória coletiva, mostrando que o sucesso individual é visto como conquista de todos da comunidade.

A letra mistura celebração da vida noturna, relacionamentos passageiros e a busca por respeito. O tom direto e descontraído, típico do funk paulista, aparece em versos como “Minha ex chora pra ter eu outra vez / Mas da putaria sou rei”, que expressam desapego e valorização da liberdade. As gírias e referências à rotina da quebrada, como “roletar na quebra” e “passa no baile de robô”, reforçam a identidade urbana e a ligação com a cultura das periferias de São Paulo. Apesar da ostentação, a música também mostra vulnerabilidade, como em “Até gosto, mas não me importa mais / Não suporto, mas prefiro minha paz”, sugerindo que, mesmo com conquistas, ainda existem marcas emocionais e a necessidade de se proteger.

Por fim, a relação com a fama e a inveja aparece em “Concorrência cês nunca serão / Nós deu um piripaque na inveja”, mostrando que o sucesso incomoda quem ficou para trás. O refrão “E aí, como que tá? Cê tá bem?” funciona como provocação e convite para compartilhar o momento de vitória, misturando orgulho, desafio e celebração em um retrato autêntico da vida na favela e do universo do baile funk.