Messy

Aceitação das imperfeições em “Messy” de Olivia Dean

Em “Messy”, Olivia Dean explora a importância de aceitar as próprias imperfeições e a desordem da vida. Logo no início, ela canta: “Trying to make the shapes, you're dying to see / Always kept it tidy / Never really known the right shape to be” (“Tentando fazer as formas que você tanto quer ver / Sempre manteve tudo arrumado / Nunca soube qual era a forma certa de ser”). Esses versos mostram a pressão de se encaixar em padrões e expectativas, mas também reconhecem que não existe um jeito único ou correto de ser.

A artista escreveu a música como um gesto de autocompaixão, incentivando a aceitação dos próprios erros e arrependimentos, o que fica claro no refrão: “It's okay to regret it / I'm on your side / No need to be ready / It's okay if it's messy” (“Tudo bem se arrepender / Estou do seu lado / Não precisa estar pronto / Tudo bem se estiver bagunçado”). A referência à M25, rodovia de Londres, e ao “noisy backseat driver” (“passageiro barulhento no banco de trás”) simboliza o desejo de se libertar das críticas externas e da autocrítica. Ao repetir “I'm a little bit messy” (“Sou um pouco bagunçada”), Olivia afirma sua identidade e mostra que assumir as próprias falhas é um ato de coragem. A mistura de bossa nova e folk psicodélico na produção reforça o clima de leveza e acolhimento, tornando a mensagem de que ser “messy” é algo natural e até bonito.