vampire (Live From Glastonbury) (A BBC Recording)

Metáfora do abuso e fama em “vampire (Live From Glastonbury)”

Em “vampire (Live From Glastonbury) (A BBC Recording)”, Olivia Rodrigo usa a figura do vampiro para retratar um relacionamento abusivo e explorador, destacando o impacto emocional dessa experiência. Ao cantar “bloodsucker, fame fucker, bleedin' me dry like a goddamn vampire” (sugador de sangue, aproveitador da fama, me deixando seca como um maldito vampiro), ela associa o ex-parceiro a alguém que se alimenta do sucesso e da energia dos outros, especialmente em um ambiente onde a fama é construída às custas de terceiros. Esse tema é reforçado no verso “How's the castle built off people you pretend to care about?” (Como é o castelo construído sobre pessoas com quem você finge se importar?), criticando o oportunismo e a manipulação no meio artístico.

A letra também aborda a autocrítica e a desilusão de Rodrigo, que admite ter sido enganada por alguém “tão convincente” a ponto de ignorar alertas de outras mulheres. O trecho “You called them crazy, I hate the way I called 'em crazy too” (Você as chamou de loucas, eu odeio o fato de também tê-las chamado de loucas) mostra o ciclo de manipulação emocional. Já “You only come out at night” (Você só aparece à noite) reforça a ideia de alguém que age de forma oculta. O contexto do show ao vivo em Glastonbury, um dos maiores festivais do mundo, e a colaboração com Robert Smith, do The Cure, aumentam a intensidade e autenticidade da performance, conectando a vulnerabilidade da letra à tradição do rock alternativo e à exposição pública de sentimentos profundos.