
Berimbau
Olodum
“Berimbau”: resistência cultural, identidade e orgulho negro
Em “Berimbau”, o instrumento de capoeira vira bandeira e escudo simbólico. Quando o coro afirma “a arma é musical”, o Olodum define a luta como cultural: ritmo, alegria e afirmação da identidade negra. A letra exalta a força na simplicidade — “pedaço de arame, pedaço de pau... juntou com a cabaça virou berimbau” — e chama a comunidade à ação: “Sacode a poeira, Madalena / Espante a tristeza e cante”. O verso “Eu sou Olodum, quem tu és?” funciona como senha de pertencimento, coerente com a missão do grupo, desde 1979, de promover consciência negra e autoestima coletiva. Esse espírito dialoga com a história do berimbau na capoeira, tradição de resistência que transforma disciplina e música em proteção.
A canção costura Salvador à diáspora africana ao citar gêneros negros do Atlântico: “Cantando reggae ou cantando jazz, cantando blues / eu louvo a Jah”. O refrão “berimbau sim / berimbau não / berimbaberimba” recria a lógica de chamada e resposta da roda e abre espaço para o convite: “Vem meu amor... Deixa fluir essa alegria”. Há um duplo sentido central: ao dizer “a arma é musical”, a banda recusa a violência e reafirma a música como instrumento de defesa e transformação — “Extirpar o mal que nos rodeia / se defender”. Lançada em 1993 e eleita Melhor Música do Carnaval de Salvador, “Berimbau” consolidou o Olodum como símbolo de persistência ao converter celebração em manifesto cultural: cantar, dançar e reconhecer cor e história.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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