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Subúrbio (Poema Suburbano)

Orlando Silva

Subúrbios, subúrbios
Das moças prendadas
Que fazem bordados
E querem casar

Dos cães vira-lata
Que latem à Lua
Enquanto as galinhas
Se deixam roubar

Das ruas barrentas
Tão simples e humildes
Que até nem os nomes
Se vê nos jornais

E sobem ladeiras
De noite, sozinhas
De cem e cem metros
Um bico de gaz

Subúrbios do tempo
Do chá com torradas
Sofás de palhinha
Xadrez e gamão

Subúrbios teimosos
Dos trens atrasados
Subúrbios pacatos
Do meu coração!

Meu Deus se eu pudesse
Ir dar um passeio
Com as vossas morenas
Cavar um namoro

E vê-las, aos pares
Domingo, nas praças
Sorrindo pra gente
Com um dente de ouro!

Ser noivo no Meyer
Ouvindo uma valsa
O sonho de valsa
Mimoso, subtil

Ser meio mulato
Mulato e foguista
Da Estrada de Ferro
Central do Brasil

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Composição: Bororo / Luiz Peixoto. Essa informação está errada? Nos avise.

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