Assault (Monopólio) (part. Shenlong, Azevedo, PL Quest, BIN e Borges)

Poder e ostentação em "Assault (Monopólio)" de Orochi

"Assault (Monopólio)", de Orochi com participação de Shenlong, Azevedo, PL Quest, BIN e Borges, destaca-se por transformar o hedonismo e a ostentação em símbolos de poder e status. A música utiliza uma linguagem direta para retratar um cotidiano marcado por excessos, festas privadas e consumo de drogas, como nos versos “jogo no copo MD”, “lança perfume” e “fumando maconha como se fosse cigarro”. O título faz referência ao monopólio não apenas como domínio financeiro, mas também como controle sobre prazeres, pessoas e ambientes, reforçado por trechos como “Essa é a tropa do monopólio / Ninguém entende nada” e “Monopólio girando milhões / Eu faço dinheiro igual os cara da rifa”.

O contexto do álbum "442" e a presença de vários nomes importantes do rap nacional reforçam a ideia de uma elite unida, que se coloca como referência de sucesso e influência. A letra explora a relação entre dinheiro, poder e desejo, deixando claro que o acesso a esse universo é restrito a quem tem dinheiro, como em “Se tu não tem carvão ela não dá, não dá”. Apesar do tom ousado e das menções explícitas a sexo, drogas e ostentação, a música também traz uma crítica à superficialidade dessas relações e à efemeridade desse estilo de vida. Ao mesmo tempo, há orgulho pela trajetória de superação, evidenciado na conquista de espaço e reconhecimento, mesmo em meio a uma vida marcada por prazeres imediatos.