instante

Reflexão sobre escolhas e autenticidade em “instante”

A música “instante”, de Os Arrais, aborda a crítica à tendência de racionalizar a vida de forma excessiva, como se fosse possível explicá-la apenas por teorias ou respostas prontas. O trecho “De interpretar minha vida como um cientista / Ou como alguém que possui todas as respostas / Reduzindo a existência humana a teorias” mostra o incômodo dos autores com a superficialidade e a falta de profundidade existencial, um tema frequente nas composições da dupla. O contexto do EP “Como, Então, Viveremos?” reforça que a canção convida o ouvinte a refletir sobre como viver de maneira autêntica, indo além de tradições e certezas fáceis.

A repetição da pergunta “Como então viveremos?” serve como um chamado constante à autorreflexão, indicando que não existem respostas simples para as grandes questões da vida. A letra também aborda a angústia e o risco presentes nas escolhas pessoais, como em “E o que me resta é a angústia, o risco e a decisão / Do que fazer com o fôlego que enche meus pulmões”. O verso “De encontrar no serviço minha emancipação” sugere que o sentido da vida pode ser encontrado ao servir ao outro, rompendo com padrões tradicionais. Por fim, a frase “Mas não escolher é escolha” destaca que a omissão diante das decisões também é uma forma de escolha, reforçando a responsabilidade individual sobre o próprio destino. Assim, a canção propõe uma busca sincera por significado, reconhecendo as incertezas e a necessidade de coragem para viver de forma plena.