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Gesto de Crueldade

Os Dois Mineiros

Eu me lembro quando era criança
Lá no interior de Minas Gerais
Papai tinha uma junta de boi
Que na lida era manso demais
No arado tombando a terra
Esses bois puxavam iguais
Não precisava nem candeeiro
Só o grito do seu carreiro
Os bois entendiam os sinais

Chamou lá na porteira bem cedo
Era o malvado de um comprador
Papai teve que entregar os bois
Pra cumprir o que ele tratou
Quando ouvi, o negócio tá feito
Na garganta meu choro entalou
E tocaram os bois lá pra estrada
Porque a carne já estava tratada
Foi direto para o matador

A noitinha já estava chegando
Quando lá na porteira berrou
Papai disse com a voz embargada
Vai lá ver, é um dos bois que voltou
Fui correndo abrir a porteira
Em passos lentos pro curral entrou
Parecia que o boi quis dizer
Escapei para não morrer
Nas mãos daquele malfeitor

No outro dia de madrugadinha
Novamente o açougueiro voltou
Vim buscar um boi velho fujão
Que da morte ontem ele escapou
Com a laçada certeira nos chifres
E na chincha da sela amarrou
O coitado quase sem destreza
E tentando a sua defesa
Ali mesmo onde estava deitou

O malvado pulou do cavalo
Resmungando sozinho falou
De hoje você não me escapa
O fim da sua vida chegou
Aqui mesmo eu tiro seu couro
Sem piedade o boi sacrificou
Esse é o fim de uma triste história
Tá gravado em minha memória
Que o tempo ainda não apagou

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Composição: Almezino / Tony Gomide. Essa informação está errada? Nos avise.

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