Vanerinha da Saudade

Memórias e raízes gaúchas em “Vanerinha da Saudade”

Em “Vanerinha da Saudade”, Os Mirins exploram a forte ligação do narrador com a vida rural do Rio Grande do Sul, destacando elementos culturais marcantes para quem cresceu no interior do estado. Termos regionais como “cusco” (cachorro) e “carreirada” (corrida de cavalos) reforçam a autenticidade da letra e evidenciam o pertencimento do narrador a esse universo. Essas referências também conectam a música à tradição dos compositores Albino Manique e Francisco Castilhos, fundadores do grupo e figuras importantes da música tradicionalista gaúcha.

A canção é marcada por uma nostalgia afetiva, centrada nas lembranças da infância e juventude. O narrador recorda com carinho o cachorro companheiro, as tardes de baile (“domingueira”) e as apostas nas corridas de cavalo, símbolos de momentos felizes e da simplicidade do cotidiano no campo. O verso final, “São Francisco, lá no fundo do rincão”, reforça a ligação com o lugar de origem e expressa o sentimento de saudade e pertencimento. Dessa forma, “Vanerinha da Saudade” se torna um retrato emocional das raízes e da cultura regional, valorizando as memórias pessoais e coletivas do interior gaúcho.