Madrugada

Tradição e saudade no fim do baile em “Madrugada”

A música “Madrugada”, de Os Mirins, retrata com sensibilidade o encerramento de um baile gaúcho, um momento marcado por tradição, nostalgia e emoção. Imagens como “a estrela dalva vem despontando” e “a gaita velha cheia de poeira” remetem diretamente aos fandangos do Rio Grande do Sul, onde a festa se estende até o amanhecer. Esses versos evocam o ambiente rural e a cultura local, mostrando o fim da celebração quando o cansaço e a saudade se misturam. Elementos como o candeeiro “cochilando” e os galos cantando reforçam a transição entre a noite e o início do dia, enquanto a “gaita manhosa num canto a chorar” simboliza a melancolia do término da festa.

O refrão “estrada afora escaramuça cavalos a gauchada / levando nos sonhos a moça morena” traz esperança e continuidade, sugerindo que, mesmo após o fim do baile, os sentimentos e sonhos permanecem vivos. A expressão “campeando, talvez outra madrugada” faz referência à busca por novas experiências e encontros, característica do espírito festivo e sonhador do povo gaúcho. Assim, a canção celebra tanto a alegria do convívio quanto a saudade e a expectativa de reviver esses momentos em outras madrugadas, valorizando a tradição e a emoção presentes na cultura gaúcha.