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exibições de letras 42

Gaiteiros Gaúchos

Os Mirins

Da minha cordeona, que aos poucos se fecha
Ganhei essa mecha de branco nas crinas
E antes que a gaita se vá para o estojo
Eu subo o apojo de um som que termina

Comparo o meu corpo com a gaita cansada
Por léguas de estrada, noitadas sem fim
Pois trago nas veias gaitaços malevas
E a gaita carrega pedaços de mim

Sou resto de baile com Sol da janela
Sou tecla amarela, encardida do tempo
Gaiteiro gaúcho, mourão de invernada
É casca lanhada, mas firme por dentro

Na beira do fogo forjei amizade
Sem ter vaidades, pachola e contente
Pra mim dá no mesmo tocar sem ter lucro
Ou num baile xucro tapado de gente

Mas coisas tão minhas ganhei nos rodeios
Farranchos, floreios, cirandas da vida
Levando alegria tirei meu sustento
Bendito instrumento, parceiro de lida

Levei no meu canto, de pura linhagem
Ferrunhas mensagens de guerra e de amor
Abrindo esse fole, mesmo na mesmice
É como se abrisse no campo uma flor

Eu sei que a saudade jamais envelhece
Por isso, nas preces, eu peço uma luz
Pra que eu não esqueça dos tempos tão lindos
Cordeona se abrindo e os braços em cruz

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