
Um Dia De Cão
Os Saltimbancos
Crítica à obediência militar em “Um Dia De Cão”
A música “Um Dia De Cão”, de Os Saltimbancos, faz uma crítica clara à obediência cega e à submissão exigidas dos militares durante a ditadura militar brasileira, usando a figura do cachorro como metáfora central. O trecho “Lealdade eterna-na / Não fazer baderna-na / Entrar na caserna-na / O rabo entre as pernas-nas” destaca a disciplina rígida e a ausência de questionamento, comparando o comportamento do cão ao dos soldados que seguem ordens sem contestar. A repetição de “Sim, senhor” reforça essa postura submissa, mostrando um personagem sempre pronto a obedecer, sem espaço para autonomia ou rebeldia.
A escolha de nomes como “Bobby, Lulu, Snoopy, Rocky, Rex, Rintintin” faz referência a cães famosos, o que acentua a ideia de que a lealdade e a obediência são esperadas, mas também padronizadas e despersonalizadas. O verso “Fidelidade / À minha farda / Sempre na guarda / Do seu portão” liga diretamente a metáfora do cachorro à figura do soldado, mostrando que a fidelidade não é apenas uma virtude, mas uma exigência do sistema. No final, “Sempre mordomo / E cada vez mais cão” sugere que, quanto mais se obedece, mais se perde a individualidade, tornando-se apenas uma extensão da vontade alheia. A música utiliza humor e leveza para criticar o autoritarismo, tornando a mensagem política acessível e impactante.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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