
Esquilador
Os Serranos
Tradição e mudança no campo em “Esquilador” dos Os Serranos
A música “Esquilador”, de Os Serranos, retrata com sensibilidade a transição do trabalho manual de tosquiar ovelhas para a mecanização, um processo que marcou profundamente a vida do trabalhador rural gaúcho. O personagem central, o esquilador, simboliza não apenas o ofício tradicional, mas também a identidade e o orgulho ligados à lida campeira. O verso “Alma branca igual ao velo / Tosando a martelo quase envelheceu / Hoje perguntando para a própria vida / Prá onde foi a lida que ele conheceu” expressa a sensação de perda e saudade de um tempo em que o trabalho manual era valorizado e dava sentido à vida do trabalhador.
A canção reforça o contexto regional ao mencionar elementos como “avental de estopa, faixa na cintura / E um gole de pura prá espantar o calor”, que remetem ao cotidiano simples e às tradições do campo. A metáfora do jogo de cartas em “Envidou os pagos numa só parada / 33 de espada mas perdeu de mão” mostra que o esquilador apostou tudo em sua terra e profissão, mas acabou superado pelas mudanças. O convite final, “Quem vendeu tesouras na ilusão povoeira / Volte prá fronteira para se encontrar”, sugere que o retorno às origens é uma forma de resgatar a identidade e valorizar a cultura do sul do Brasil. Assim, “Esquilador” presta homenagem à resistência cultural e à dignidade do trabalhador rural, ao mesmo tempo em que lamenta as transformações que ameaçam essas raízes.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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