
Deixa a Gira Girá
Os Tincoãs
Rituais e ancestralidade em “Deixa a Gira Girá” dos Tincoãs
“Deixa a Gira Girá”, de Os Tincoãs, destaca a força dos rituais de Umbanda e a valorização da ancestralidade afro-brasileira. A repetição do verso “Meu pai veio da Aruanda e a nossa mãe é Iansã” reforça a ligação com entidades espirituais e afirma uma identidade coletiva ligada à tradição dos terreiros. "Aruanda" representa um plano espiritual elevado nas religiões afro-brasileiras, enquanto Iansã é a orixá dos ventos e tempestades, símbolo de força e transformação. A música, assim, celebra a proteção e a energia dessas entidades, transmitindo pertencimento e respeito às raízes culturais.
O termo “gira” é fundamental na canção, referindo-se aos rituais em que médiuns incorporam entidades, girando em círculos para facilitar a conexão espiritual. O refrão “Oh, gira, deixa a gira girar” convida à liberdade do ritual, evocando comunhão e liberdade espiritual. As menções a outros orixás, como Xangô e Iemanjá, e a saudação “Saravá, Iansã!” ampliam o sentido de celebração coletiva, reunindo diferentes forças em um mesmo louvor. Os trechos em línguas africanas e as referências a “Zambi” (Deus supremo) e “batabaquice de Orixá” (toque de atabaques para os orixás) reforçam a conexão com a musicalidade e a liturgia dos cultos afro-brasileiros, tornando a canção um hino à herança espiritual e cultural do povo negro no Brasil.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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