
Cordeiro de Nanã
Os Tincoãs
Resistência e ancestralidade em "Cordeiro de Nanã"
Em "Cordeiro de Nanã", Os Tincoãs abordam a recusa em aceitar o papel de submissão imposto historicamente aos negros no Brasil. O verso “Fui chamado de cordeiro mas não sou cordeiro não” deixa claro que o eu lírico rejeita a ideia de passividade, associando o silêncio não à resignação, mas a uma forma de oração e força interior, como em “O meu silêncio é uma singela oração”. Aqui, o silêncio é apresentado como um ato de dignidade e conexão espiritual com Nanã, orixá que representa sabedoria e acolhimento dos ciclos da vida e da morte nas religiões afro-brasileiras.
O refrão repetido “Sou de Nanã, euá, euá, euá, ê” reforça a devoção e a ancestralidade, marcando a identidade do cantor como parte de uma tradição de fé fundamental para suportar o sofrimento da escravidão, evidenciado em “O meu lamento se criou na escravidão / Que forçado passei”. A canção mostra como a dor e a humilhação foram transformadas em força, destacando que a fé em Nanã foi essencial para resistir: “Mas ganhei, pois eu trazia Nanaê no coração”. Assim, "Cordeiro de Nanã" se apresenta como um hino de respeito à ancestralidade, à resistência silenciosa e à espiritualidade, valorizando a herança afro-brasileira e a importância dos orixás na superação das adversidades.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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