
Chorojô
Os Tincoãs
A dor e a esperança em "Chorojô" de Os Tincoãs
Em "Chorojô", Os Tincoãs apresentam uma imagem marcante de Oxum, orixá das águas doces, em sofrimento. A canção destaca a inversão simbólica de Oxum, que normalmente representa fertilidade e abundância, mas aqui aparece carente e vulnerável: "implorou água, chorou". Esse contraste sugere uma crise não só espiritual, mas também emocional, reforçada pelo verso "Secou a maré de Mamãe Oxum / Nem mar se vê". O contexto religioso do Candomblé e da Umbanda, onde a água é essencial para a renovação espiritual, amplia o significado da música, mostrando como a falta de água de Oxum reflete momentos de escassez afetiva e espiritual entre os devotos.
A repetição de "Mamãe Oxum chorou" e a referência à "mágoa" intensificam o sentimento de dor coletiva, como se a tristeza da divindade espelhasse o sofrimento do povo. No entanto, a música também aponta para a esperança, especialmente nos versos "Que a gente sofre / Por falta de amor / Mas ele virá". A promessa de que "a melhor hora virá" e a invocação de "Axé" no final trazem uma mensagem de fé e superação. Assim, "Chorojô" vai além do lamento, tornando-se um canto de resistência e esperança, conectando a dor individual e coletiva à força espiritual de Oxum e à expectativa de renovação.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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