O Velho Homem
Otávio Cirvidiu
Vejam aquele velho homem sentado
Em sua cadeira cabisbaixo
Com seu jornal na mão
O que se passa
Na cabeça do velho homem
Aguardando que a vida
O leve ao final
Oh velho amado
Tu és a luz da minha vida
E sem você não há guarida
Pra fluir o meu viver
Dê um sorriso
E depois um forte abraço
E repouse nos meus braços
Até o dia amanhecer
Oh velho homem
Que tristeza seria
Acordar num outro dia
Sem você perto de mim
Eu sentiria a maior dor do mundo
O abismo mais profundo
A saudade de você
Oh velho amado
Tu és a luz da minha vida
E sem você não há guarida
Pra fluir o meu viver
Dê um sorriso
E depois um forte abraço
E repouse nos meus braços
Até o dia amanhecer
Oitenta e nove
É a sua idade
Mas ainda há sanidade
Para muito viver
Porém um dia
Tudo isso acabará
E então só ficará
A sua imagem em meu olhar
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