
TV a Cabo
Otto
Crítica social e ironia em “TV a Cabo” de Otto
Em “TV a Cabo”, Otto faz uma crítica direta e irônica à alienação causada pelo consumo excessivo de televisão por assinatura. Logo no início, ele repete: “Acabo de comprar uma tv a cabo / Acabo de entrar na solidão a cabo”, mostrando que, ao adquirir o serviço, o indivíduo se isola, trocando o convívio social pelo entretenimento mediado. A expressão “solidão a cabo” reforça como a tecnologia pode aprofundar o sentimento de isolamento, em vez de aproximar as pessoas.
A sequência “Acabo de cair no 16 a cabo / Acabo me tornando usuário” faz referência ao hábito de zappear pelos canais, transformando o espectador em um “usuário” dependente, como se a TV fosse uma droga. O verso “Do 12 pro 57 é um assalto” e a menção ao artigo “171” (estelionato no código penal brasileiro) ironizam o alto custo e a sensação de ser enganado pelas operadoras, especialmente ao trocar de canais ou pacotes. Quando Otto diz “Só não caí / Porque sou nordestino / Bem alimentado, 171”, ele mistura orgulho regional com esperteza, sugerindo que, por ser nordestino, não se deixa enganar facilmente.
Ao citar a empresa “Net” e afirmar “pelo otto, o que dá lá é lama, é o caranguejo”, o artista reforça a crítica à qualidade do conteúdo oferecido, comparando-o a algo sem valor. Otto utiliza elementos regionais e linguagem popular para expor, com humor e ironia, as contradições do consumismo, da alienação e da precariedade dos serviços no cotidiano brasileiro.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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